Novos softwares surgem praticamente todos os dias, para resolver praticamente todo tipo de problema. Isso não é diferente no mercado de desenvolvimento de vídeo games. Em plena expansão nos últimos anos, a quantidade de novos jogos disponíveis para consoles, computadores e dispositivos móveis só aumenta. Isso acontece porque ao mesmo tempo em que há grandes empresas investindo na criação de jogos, há também os desenvolvedores independentes, que trabalham sozinhos ou em pequenos times. Essa realidade traz para o mercado uma grande variedade de jogos, com experiências e sensibilidades de design únicas.
Desenvolver jogos pode parecer um bicho-de-sete-cabeças e, de fato, não é uma coisa que se faz de um dia para outro. No entanto, os avanços trazidos por softwares cada vez mais completos e amigáveis para o desenvolvedor iniciante têm incentivado as pessoas a investirem na criação de jogos. Afinal, criar um game também é uma maneira de se expressar e compartilhar a sua visão de mundo com as pessoas.
Hoje em dia, há softwares e suporte como nunca houve antes. Isso possibilita que qualquer pessoa desenvolva a sua ideia de jogo e a transforme em produto. Mesmo sem nenhuma experiência de programação, é possível aprender a dominar as ferramentas e começar a fazer o seu próprio jogo.
Games e autoaprendizagem
Criar o próprio jogo não é uma atividade simples. Como qualquer outra habilidade que se aprenda do zero, é preciso investir tempo e prática. Para a desenvolvedora independente de games Zoe Quinn, as falhas fazem parte do processo de aprendizagem. “Seu primeiro jogo não vai parecer um dos jogos polidos que você está acostumado a jogar, do mesmo jeito que o seu primeiro desenho não vai sair parecendo um Monet. E isso é ok”, explica.
Segundo ela, você deve se esforçar para fazer o que os desenvolvedores chamam de protótipo – que é uma versão menor da sua ideia, com algumas das funcionalidades, que permita que você veja como o jogo é jogado. A partir daí você pode melhorar o design e criar o alicerce sobre o qual será construído o jogo completo. “Pense Pong, não Call of Duty”, compara.
Escolha os softwares
O site Lifehacker elencou recentemente as melhores ferramentas gratuitas para desenvolvimento independente de jogos. O guia é dividido em três categorias: para iniciantes, para intermediários que queriam desenvolver jogos 2D e para usuários avançados desenvolvendo jogos 3D.
Na primeira categoria, são destacadas as plataformas Stencyl e GameMaker. Ambas se baseiam no estilo drag-and-drop, não requerem programação e são conhecidas pela facilidade de uso. Na categoria 2D, é recomendado, entre outros, o software Cocos2D, que requer conhecimento principalmente da linguagem C++. Mesmo assim, a plataforma é conhecida por ser fácil de usar depois que se adquire familiaridade com o código.
Finalmente, os softwares Unity e Unreal Engine são as principais indicações do Lifehacker para o desenvolvimento de jogos 3D e, embora indicados para usuários mais experientes, podem muito bem ser estudados por iniciantes.
A Unity, que funciona no sistema freemium, requer familiaridade com a linguagem C#. No Curseduca, o curso Unity 5 + C#: Simplificando o desenvolvimento de jogos!, ensinado pelo instrutor José Augusto Thomas – que trabalha na área há mais de dois anos e chegou a participar da criação de jogos da série Angry Birds -, oferece um roadmap completo para o domínio da plataforma, focando, inclusive em ensinar a programação da linguagem C#.
O Unreal Engine, por outro lado, cobra uma taxa de royalty caso o jogo venha a ser vendido. O software oferece praticamente tudo o que você precisa para desenvolver um jogo: de ferramentas e modelos 3D a sistemas de paisagens, entre outras features. O curso Unreal Engine 4 – Programação de Jogos (Iniciante), ensinado pelo desenvolvedor Pedro Henrique – que já trabalha com a plataforma há mais de um ano e meio – tem o objetivo de ensinar ao aluno os diversos componentes que contribuem para a construção de um game. Abordando desde as features mais básicas do software, passando por todo o processo de criação de interfaces, menus, objetos coletáveis, estruturas e armadilhas, até a finalização de personagens.
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